Sempre o último pôr do sol

Poesias como papéis ao vento, Dias passados num turbilhão violento. Versos rasgados, outros amassados, Muitos esquecidos, incinerados. Queimados no ódio de um momento, Papel que arde com partes do tormento. Dá pra ler, ter noção do que restou, Um passado vivo que nunca acabou. Dolorido o bastante pra tirar o sono, Estragar o dia, perder o tom do som. Imploro por cura, recebo esmola, O que dei de ouro volta como sola. Cada um de um lado nessa guerra, Um ancorado, o outro sem porto na terra. Um sem si mesmo, o outro deserto, Tudo incerto. EDU LAZARO

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