O Som Debaixo do Eco

Entraram pela fresta da manhã, tomaram cada cômodo da casa com seus cantos, penduraram espelhos, acenderam encantos, e os meus olhos de tanto ver, se entregaram. Mas no subsolo do peito, onde a sombra é doce, onde o silêncio guarda seu tesouro antigo, pulsa um fio de luz, delicado amigo, batida de asa, música que mal se ouve. Escuta: debaixo da canção aprendida, debaixo do refrão das investidas, há uma melodia nunca repetida, mais suave que qualquer canção já feita. É minha. Singela. Quase adormece de tão bela. Mas cala. E calada, liberdade de quem não voa. Entraram pela fresta da manhã, tomaram cada cômodo da casa com seus cantos, penduraram espelhos, acenderam encantos, e os meus olhos de tanto ver, se entregaram. Mas no subsolo do peito, onde a sombra é doce, onde o silêncio guarda seu tesouro antigo, pulsa um fio de luz, delicado amigo, batida de asa, música que mal se ouve. Escuta: debaixo da canção aprendida, debaixo do refrão das investidas, há uma melodia nunca repetida, mais suave que qualquer canção já feita. É minha. Singela. Quase adormece de tão bela. Mas cala. E calada, liberdade de quem não voa. EDU LAZARO

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