Entre idas e ideas
O pulso desacelera.
O vidro, outrora quebra, regenera-se.
A carne fecha-se.
A calma traz a promessa
de um navio, peito a rasgar.
A alma respira,
solta o que naufragou dentro de mim.
O caos reorganiza o espaço.
Uma ponte, peito à terra,
traçada em rotas que desconheço.
Volta a voz antes represada.
A vida é o ato de resistir
e aceitar a dor como batismo.
EDU LAZARO


