Ecos do que foi

Ao reino da minha essência, vou, visitante tolerado pelo relógio. Eles vivem num lar, eu num refúgio, eu só vivo quando ao encontro deles estou. No reino deles, minha essência se acende, mas não pertenço mesmo que eu brilhe. Ecos do que foi, aos soluços, silente, assim não sou repelido, o acesso se estende. A memória é uma fresta onde ainda habito, eles me deixam entrar se me mantenho em calma. Pertos, mas distantes, a três que desfez minha alma. Fantoches de um tempo que ri do que aflito sinto. De quem fomos não há nem um trem, quebrou-se a linha da fundação que me contém. Afundo. E se continuo, é pela minha essência que vou. EDU LAZARO

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