Antes que o agora quebre


O Silêncio do Presente

O tempo estanca o passo, de repente, e o ruído do mundo se desfaz.
Já não importa o que a memória traz, nem a angústia nem o que satifaz, tão impaciente.
Há um segredo neste som ausente, fragilizado pacto breve de harmonia e paz, onde o ser é forjado capaz.
E o se econtrasse inteiro e consciente, ah, ilusão ou desejo?
Projeto do afeto ou repugnância ou bocejo? 
Anseio ou ânsia?
Não é vazio, é plenitude crua, sem sal ou açúcar. Arte emoldurada na pele.
  Onde a vida respira sem disfarce e a própria luz do dia tudo acentua:
sua face, seu ontem, as feridas, sutura sob perfeita maquiagem tecnológica.
É preciso deixar que o instante nos enlace enquanto, solto, o pensamento flutua.
Antes que o agora fuja, me abrace enquanto este novo amor não enferruja.
EDU LAZARO


O Silêncio a Vapor

O tempo trava as engrenagens, de repente, e o barulho da fábrica se desfaz.
Já não importa o que o arquivo traz, nem a pressão do vir, tão impaciente.
Há um segredo neste vapor ausente, um pacto breve de harmonia e paz, onde o ser, simplesmente, é capaz.
E se encontrasse suas peças inteiras e conscientes, ah, ilusão ou desejo?
Projeto do inventor ou falha ou bocejo?
Anseio ou ânsia?
Não é vazio, é ferro e fogo, sem filtro ou disfarce.
Onde a vida pulsa e a luz de gás tudo acentua: sua face,
  seu ontem, a ferrugem, sutura sob a fria pele tecnológica.
É preciso deixar que o instante nos repare enquanto, revolta, a mente gira mas a alma flutua.
Antes que o agora escape, me abrace enquanto este novo amor não enferruja.
EDU LAZARO

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