A arte de habitar a si mesmo
O quarto se fecha, mas não há mais prisão.
A solitude é o nome da liberdade.
Não é o vazio que a alma lamenta,
mas a terra fértil à espera da semente.
O silêncio agora não carrega castigo,
é o tecido branco que acolhe.
A voz interna que sussurra verdades,
quebra a miragem fria da angústia.
A ação é a faísca, a sementeira do solo,
que ensina ao peito um novo sentir.
O cérebro aprende o prazer de permanecer,
transforma o medo na arte de habitar.
A ausência se torna espaço vasto e sereno,
onde o eu se celebra, livre, único e pleno.
EDU LAZARO
Para ler o artigo científico que inspirou essa poesia, de minha autoria, como colaborador e membro do site Psiconsultório: https://psiconsultorio.com.br/artigo/a-arte-de-habitar-a-si-mesmo-distinguindo-a-solidao-da-solitude


