ESTANQUE
A quem negará tamaho regalo
se não àquele que de nada mereça
se não que seu sofrimento pereça
até a última gota de dor no garglho.
De longe ove-se gargalhos,
dentre galhos e neve que neles acumulam-se:
Engasgos de tosses enquanto entorpece
a si mesmo de altas doses venenosas do passado.
E a neve cobre o chão, cobre história recontada
Cobre o nome proibido de dizer de tão sentido ser
Vapor sobe, não é fumaça, é memória acalorada.
Arfando sem paz, no cansaço de perdida guerra.
Qem negará perdão ao que se derrama de culpa
Até o último pus de arrependo cair?
Restam lágrimas secas, joelhos no chão gelado, a culpa a vendo ir.
EDU LAZARO


