Da paixão ardente à melancolia da perda e do abandono
Eu te amo tanto que às vezes esqueço de respirar,
como se meu corpo dependesse do teu nome
para continuar vivo. E você aparece e some,
um dueto cantado ao ouovido e calado, por ti,
esquecido.Por mim, melodicamente eternizado.
Tem dias em que você é meu porto,
e eu descanso em você como quem encontra casa.
Tem outros em que me olho no espelho
e não sei mais onde eu termino
e onde você começa. Um poço onde me saceio,
e onde minha saudade cai, tropeça.
Eu te quero perto
com uma fome que me assusta,
porque cada passo seu pra longe
parece um pedaço meu caindo de quem sou.
Não sei amar pequeno.
Não sei sentir pela metade.
Sei que o que sinto é grande
E que meu amor, é de verdade.
Sim, meu amor é tempestade
que ou te leva comigo, num abraço giratório,
ou me deixa sem chão, como num velório.
E eu não sei qual destino dói menos.
O de não ter quem tanto com o coração partido
ou o de ver quem tanto foi quisto, embora, ido.EDU LAZARO


